Honestidade

Impáciente sob o mais recôndito véu

Prisioneiro de asas partidas

Sonhando com a amplitudo do céu

Entre outras aves perdidas.

Deram-lhe como luz a noite

Como alimento o fel

Como veste o açoite,

Negaram-lhe o favo de mel.

Em seu fechado reduto

Caminha na esperança

De receber seu indulto.

Vivendo de cruel lembrança

Recebe grave insulto

Sem ter direito a fiança.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 08/10/2006
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