A Víbora III
Por entre as fornalhas do mau penetras
Jaz nos lugares ermos da alma humana
O lúgubre anjo que a multidão engana
Um olhar sombrio e o ódio perpetras.
Por entre remorsos e dores abissais
Tuas trevas que levas ao abismo final
Nas rosas do infinito o grito ancestral
Nas órbitas o espelho de feras infernais.
Por entre folhas mortas um caminho
Uma selva escura espera além do abismo
Na terra dos mortos rumores e um cismo.
Por entre as torres negras do desespero
Foges do mau sepulto do descaminho
Nas vozes além das sombras ainda espero.