Na ponta dos dedos

É tão bonita a mão da bailarina,

Parece a nobreza de um pianista.

Espero que ela nunca mais desista

E siga sempre a música divina.

Seus pés tocando o chão (sempre afinados)

Tornam cada movimento um suspiro:

O brilho de um cristal, fino papiro,

Seda chinesa – é a dança em seus trinados.

Quando tem de ser forte, ela é tão suave,

Que a força é como a aurora: ela é suprema.

(Na plateia, lágrimas de alegria.)

Os problemas se esvaem pela clave

De sol que a solista costura em tema.

Aplausos! Vida nova se anuncia!