Soneto do amor
Amor que nasce como a luz e aquece a vida
Ocaso de tantos olhares que nunca se esquece,
Amor é obra tão perfeita, como dia que amanhece
Ou como noite que a lua fica toda envaidecida.
São de florais os campos que o amor procura,
Quão doce a boca a beijar-te pelos anos
Amor é suportar a dor, às vezes desenganos
Que a vida tece de tão tenaz doçura...
E o amor na sucção da vida em teu abraço
É como um corte que fere e logo cicatriza!
O amor é livre como o alce que fugiu do laço.
Também é rude, a dor chega e não avisa
A dor passou e já dormiu no teu regaço.
O amor não morre, ele nasce e se eterniza!