A flor do sangue
Plantei uma semente de poesia
Num vaso sanguíneo que fascina;
Floreceu, em palavras e pétalas
Perfumadas de sons e ricas rimas
Tons de rosa sem choque que se abrem
Com fulgor de intrépidas boninas;
As mais sonoras flores que se sabem,
Musicadas em finas melodias
Um jardim de sonhos coloridos,
revoando em seres encantados
Só se ouvia em canções de namorados
Em sonoras cores e alaridos
não se vê mais olhos embotados
E nem pranto, no silêncio dos calados.