Noturna
Noturna
Anjo, cálida singela e abstrata
Pétala negra de rosa despedaçada
Murmuriosa lamenta sua vida passada
De eternas glórias mitificadas
Embriagada por noites solitárias
segue noturna, indecisa, privada
De sentimentos que nutrem uma farsa
Vida vazia, vadia, velada
Noite a dentro segue insone
Alma latente perene sem nome
Dilacera o que sobra ainda que a vida abandone
Na noite guarda seus segredos
Escondido entre nuvens, inúmeros desejos
Atormentada pela ideia de seus mais impuros conceitos.