O INDIFERENTE TEMPO

Vês as nuvens nas inquietas pastagens?

Luzes das cidades que se apagam

E como por um instante nada muda.

Quando despimos a noite de azul?

Vês os mares prostrarem-se às margens?

Quando os poderes não entendem que se vão,

Dores e amores vêm no ventre da partida.

Donde se escondem os mares do sul?

E como num soneto se despede a dor

Cantando às saudades tão sentidas

Dos amores cheios de palavras ora caladas.

E se vão os mares se acalmarem no céu

E se vão os deuses afogarem-se em fel

E o soneto não terá importância nem sentido.

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 09/01/2011
Código do texto: T2717916
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