“Ferida de morte”

“Ferida de morte”

Nas asas perspicazes da fantasia, lancei-me.

Dei o melhor de mim apostado nas emoções.

Meus desejos mais insanos assisti revelados.

Quando ávida, ao gosto da tua saliva abandonei-me...

Na pressa de beber a vida nas tuas cuias incertas

Quase submergi na lassidão dos meus caprichos.

Porque bastava um olhar e meu corpo queimava

Voando sem limites nas tuas fantasias inquietas

Foi o domador dos meus instintos mais ferozes

Eu alimentava ávida a ânsia que unia nos dois.

Porem, num vôo rasante, tive as asas quebradas.

Voava só, surda ao tétrico ruído das minhas vozes.

Com a emoção atropelada por sua insensibilidade...

Entendi o tempo desigual da nossa fria realidade

Glória Salles

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