TELEFONEMA
Quando a saudade chega traiçoeira,
Chego a perder a calma e o sono
Meu coração, que vive em abandono,
A desejar-te a minha vida inteira,
Quer romper a distância tão matreira,
E quer a qualquer custo ser teu dono...
Então, ansioso, eu te telefono,
Tentando superar essa barreira.
Mesmo assim, a saudade continua...
Ligar não me traz a presença tua,
E nem corta o mal pela raiz...
Mas quando ouço a tua voz tão doce,
É como se uma criança eu fosse,
Brincando de sonhar de ser feliz.