TELEFONEMA

Quando a saudade chega traiçoeira,

Chego a perder a calma e o sono

Meu coração, que vive em abandono,

A desejar-te a minha vida inteira,

Quer romper a distância tão matreira,

E quer a qualquer custo ser teu dono...

Então, ansioso, eu te telefono,

Tentando superar essa barreira.

Mesmo assim, a saudade continua...

Ligar não me traz a presença tua,

E nem corta o mal pela raiz...

Mas quando ouço a tua voz tão doce,

É como se uma criança eu fosse,

Brincando de sonhar de ser feliz.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 17/01/2011
Código do texto: T2735479
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