saudade (soneto)
Põe-se já’o sol em minha alma tão triste
Noite negra, lenta em mim se detém
Vindo sem pressa nem qualquer desdém
Vem tirando as forças a quem resiste
Á leve dor que na falta existe
Tão leve que sempre no vento vem
Chega na brisa a falta de alguém
Vem como que um sopro do oriente
Que se vinga assim de quem lá chegar
Plantando nos corações saudade,
Que fria, crua e cruel como o mar
Nos dá uma grande e bruta vontade
De partir de correr e de voltar
Que nos mata sem qualquer piedade
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É uma tentativa de soneto, que perdeu por culpa da metrica muito do encanto do seu tema, a tão portuguesa saudade abraços e obrigado por a leitura
Tiago Marcos