Rasura Poética

A aura é fresca, o céu suave faz sentir

A hora passa, o broto surge, urge o vento

Na brisa fraca, frágil brasa em mim requento

E passa o tempo, pensamentos faz-me aurir.

De vós a voz consola, acalma, faz durmir

Sonhando, embalo a verve viva, delicada

De um cisne traço o vôo, o passo, a voz alada

E vós não vedes, mas vos vejo ao céu partir.

Retrato belo, amor sincero, prematuro...

Concebo em flores mil amores, sol e lua

Ensimesmado no papel eu me rasuro:

Menina meiga, eis o coro d'alma nua

Descubro tudo em meu mistério... conjeturo

No tempo certo o lábio esbelto teu possua.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 24/01/2011
Reeditado em 01/02/2011
Código do texto: T2749584
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