O PARTO DO SONETO

Senti, de repente um desejo de escrever

Catorze versos, assim mesmo sem noção;

Logo depois, foi me dando uma aflição

Tal qual um parto, uma criança por nascer.

Dias depois – eu sequer posso descrever-

(como pude rimar aquela sensação?),

Palavras e rimas vinham em profusão

Os olhos não criam no que estavam a ler.

Os quartetos surgiram sem explicação

(cada situação em que eu me meto!),

Um algo novo estava em formação...

...O papel contraiu-se nesse terceto:

Não foram nove meses de uma gestação

Mas eu sou pai: É meu filho este soneto!

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 05/02/2011
Código do texto: T2773540
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