Sóis em gotas

Abrem-se as manhãs num lençol dourado

Por sóis, caindo em gotas, como Deus

No cio das estrelas consumado,

Garatujando os céus... Ó filisteus!

Iletrados! Pois só produzem cantos

Em linguagem vulgar e irreverente!

-Ajoelha-te a mim! Caiam os teus mantos!

Pobre noite, obedece humildemente...

Ó almas, poderiam intervir,

E o Deus dos mil suspiros decidir.

O verbo não se fez por compaixão?

Acaso amar mais um do que o outro.

Quem sabe... Mas serias um Deus morto

Como um mito da própria criação.

Canoas, fevereiro de 2011/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 13/02/2011
Reeditado em 08/05/2011
Código do texto: T2790036
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