Hispano-brasileira

De nariz anguloso, mas de arrimo delicado,

Tens sobrancelhas expressivas e boca de boneca,

Daquelas que eternamente se vê beijando,

Teu cabelo viçoso e longo é liso adorno de cabeça.

Como pode longas madeixas vestir belo corpo?

– Não sei, porém teus olhos fortes, vivos...

Que te digam! Ó opala verde que me segue,

Como a Lua que persegue a noite e eu fugidio!

No rosto maçãs rubras da luxúria, um pecado,

Que eu mortal peço perdão a Deus por estar ávido,

Como um Gaijin perdido no deserto a busca de água.

No pescoço, avolumam-se colares e jóias,

Em ritmo sofisticado, com roupa discreta e decote,

Que te fazem das brasileiras, que digam, a mais espanhola!

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 24/02/2011
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T2812562
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