CRONOLOGIA DO AMOR

CRONOLOGIA DO AMOR

Quando nós homens, cronologicamente,

transformamos horas extras em anos;

quando no caminho nos deparamos

com o espelho e nos vemos diferentes;

mesmo assim, pelo que somos, amamos,

e quando solitários e carentes;

se aprendizes somos, ou, quiçá, lentes,

é uma companheira que procuramos.

Mas o mundo hodierno nos ensina

que quem gosta de idoso é reumatismo

porque o jovem não sente e discrimina.

Coração sem banho de fanatismo

com ouro de amor sobrando na mina

busca não dar azo a tanto cinismo.

Lendo um poetrix do sol que ama a lua nova,

espiei o rastilho dos anos vividos e inspirei-me em

Margareth D S Leite para criar este decassílabo.

Afonso Martini

240211, 22h.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 24/02/2011
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2813148
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