MEU DERRADEIRO SONETO

Se é mesmo pra fazer um soneto

Que ele seja de versos comoventes

Cheio de rimas inéditas e abrangentes

Fora de estéticas retas e catetos

Se é mesmo pra fazer um soneto,

Que seja daqueles de botar pra foder

Como fez Dante, Rimbaud, Mallarmé...

(não essas minhas patifarias sem jeito)

Recuso minha bizarra linguagem míope...

Não há asneira maior do que macaquear

O que outros tão bem souberam realizar

Portanto encerro neste soneto medíocre

Com arquitetura de Dick Vigarista

Minha dispensável carreira de sonetista