QUEM ÉS TU (SOLIDÃO)?

Quem és tu que moras nos meus ansejos

E cantas no meu peito tão silenciosamente?

Quem és tu que com teus olhares risonhos

Preenches-me, assim, tão completamente?

Porque brincas, desse jeito, com meus sonhos?

Porque insistes em viver, assim, na minh’ alma

(Ainda que eu não queira), de forma tão calma

E descobres os meus mais secretos desejos?

Quem és tu que de dentro de mim não sai

E vives nos meus recônditos pensamentos,

Para onde eu for, tua presença comigo vai

Mas escondes-te em olhares amordaçados?

Tomaste-me pela mão, cercaste meu coração,

Visitas-me nas noites frias, quem és tu solidão?

Ana Flor do Lácio (06/03/2011)

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Interação da nobre poetisa Rosa Serena:

Querida poetisa Rosa Serena, seus versos são magníficos, é uma grande honra postá-los junto aos meus. Agradeço sua interação e presença que enriquecem minha escrivaninha!

«Teu magnífico soneto inspirou-me a também dizer desta sempre presente solidão! Parabéns poeta amiga! VIDA, FORÇA, SAÚDE!» (Rosa Serena)

Quem é esta companheira

Tantas vezes indesejável!

Que machuca e deixa marcas

Neste pobre coração?

Cheio de ilusão?

… Que é esta sempre intrusa

Que entra sem pedir licença

E deixa marcada a presença

Por nunca sair de mim?

... Oh senhora ignomínia

Que arrasa com meus sonhos

Que eram tão risonhos

Antes de encontrarem a tí?

... És chamada solidão

Moras bem aqui dentro

A invadir o espaço

Vago de meu coração!

(Rosa Serena)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 10/03/2011
Reeditado em 10/03/2011
Código do texto: T2838771
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