“Reacendendo o candeeiro”
“Reacendendo o candeeiro”
Esse sentimento perspicaz e eventual
Tomou posse, instantâneo, tênue e ligeiro.
Abarcou a alma, excêntrico e visceral.
Acordando volições, reascendendo o candeeiro.
O eriçar da pele denunciava tamanha emoção
Que ruborizava tantos mitos quase mortos
Tranqüilo, tomou espaço no abstraído coração.
Com conteúdo e seguro abraçou sonhos remotos
Degustei o toque, tão ousado quanto sutil.
E o afago que acordou secretos e doces desejos
No olhar, promessas, que meu olhar não repeliu.
E escolheu render-se ao gosto dos seus beijos
Quero apenas que essa abençoada e rica fantasia
Tal qual o maná do céu nos alimente cada dia...
Glória Salles
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