A Lua se derrama sobre a mata,
a minha solidão anda escondida,
a lágrima esquecida se desata,
o choro sufocado ganha vida.
A dor que vem comigo desde o berço,
herdei-a com a minha humanidade.
Se sofro, devo crer, porque mereço?
Não é reposta que de todo agrade,
pois sempre fiz do amor minha bandeira.
À noite essa tristeza é mais pungente;
não há como fugir da derradeira
verdade que desponta à minha frente:
     Nas torpes entrelinhas do meu eu;
     nem mesmo a poesia se inscreveu.
       
 

 
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