Soneto ao Coração

Tua veste rubra em teu talhe,

Sugere um laço de fita envolto em rosas

E lábios que na pele fazem prosas...

Assim lembrei de ti… lembro cada detalhe!

Lembro o pousar do teu ventre,

Era como o cair da fruta que o chão sente,

Era tão leve como o germinar da semente,

Era fértil em ti, quando tu pedias: -Entre!

Me tornava macho, voraz Manga-larga!

Tu tinhas de mim a espada,

Pois pra mim tu és Rainha alada!

Oh, Rainha, deste a mim a tua adarga,

Por isso não entrei em teu peito,

Agora luto contra o choro em meu leito!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 20/03/2011
Reeditado em 06/10/2016
Código do texto: T2859225
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