Sem você.
Sem você tudo é breu, tudo é fel.
Denso véu que impede o seguir.
Rumar triste sem rumo, entregue ao léu.
Vaga vida sem luz e sorrir.
É tragar insosso, sem o doce do mel.
Réu confesso sem poder fugir.
Condenado ao escuro, sem poder ver o céu.
Sem Gardel... Sem Gadú... Belos que não mais ouvirei.
Sem você é impossível existir.
Impossível eu viver o amor que sempre sonhei.
Impossível alguém produzir.
No meu peito o ardor que de ti eu ganhei.
Sei... Sei que sem você eu terei que seguir.
E sei que jamais amarei... Alguém como um dia lhe amei.
Sonetos Prates.