A Lua derrubou-se pelas matas
e a vida, ali presente, em rebuliço,
mostrou que as criaturas, mesmo as fracas,
repetem seu papel eterno e nisso,
 
em tudo, o fato é novo, embora igual...
As noites já beberam muitas luas,
mil sóis fazem do sonho algo real
- não há verdade eterna, minha ou tua.
 
Nas névoas pretensiosas do futuro,
nos ares deslizantes do passado,
o canto do planeta é claro-escuro;
o encanto de seu par privilegiado.
 
No brilho desses raios sempre etéreos,
o bosque guarda cheiros, seus mistérios.


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