MOMENTOS - IX

Um dia sabe sangue, e a rosa louca ri

Resolveu como quis, navegou no entre si

Fez-se noite atrevida, mulher distraída

Que gostando de ser, vai cometer a lida

Veio escutar um coração em frenesi

Pode perpetuar, sentindo o que sorri

Festa encantada, que mistura e rima a vida

Quando um casal se junta e a faz entorpecida

A céu aberto o leito é mar, valsa elegante

Reside em dança onde se perde e segue avante

Viagem sem regresso flui, grassa capaz

Que nesse corpo em que me entalo e fico lá

Despe-se a alma, o seio cresce e tudo há

Num só instante a vida inteira num záz-trás

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 07/04/2011
Reeditado em 07/04/2011
Código do texto: T2894457
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