FLOR SILVESTRE - XI
Na febre de um desejo rés da pele
É tal e forte a chama inebriada
Que o ato faz-se todo temporada
E o mundo se tranforma e se derrete
Na dança ornamental apalavrada
O meu desejo inventa e não repele
Para gozar a festa faz confete
Pois tudo é força mágica e suada
São dias animados de luxúria
Para aquecer a cor da confidência
E tal segredo saia da clausura
Como supostamente uma evidência
Modele-se em paixão que se afigura
Fazendo-a perfeita em florescência