FLOR SILVESTRE - XI

Na febre de um desejo rés da pele

É tal e forte a chama inebriada

Que o ato faz-se todo temporada

E o mundo se tranforma e se derrete

Na dança ornamental apalavrada

O meu desejo inventa e não repele

Para gozar a festa faz confete

Pois tudo é força mágica e suada

São dias animados de luxúria

Para aquecer a cor da confidência

E tal segredo saia da clausura

Como supostamente uma evidência

Modele-se em paixão que se afigura

Fazendo-a perfeita em florescência

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 09/04/2011
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