RITO SENSUAL [CCLXXXIII]
Em ti, meu olhar te despe
e te pões toda nuinha;
pudica, me dás um respe,
censura que faço minha.
Embora já censurado,
posto em nocaute na lona,
meu tato ferve um bocado
nas partes da sua dona.
Real, te despes na cama,
teu corpo já muito exangue
– o meu no peito da dama.
Nos espasmos do teu rosto,
o gozo, em rios de sangue,
expressa o mel do teu mosto.
Fort., 14/04/2011.