Para Friedrich.

Quando a dor faz valer a virtude da culpa

Quando a fé se traduz na tortura do medo

Mesmo a luz que vier revelar tais segredos,

Brotará do estupor este medo que usurpa.

Deixe o corpo servil suportar força bruta

Todo ser viverá como um novo brinquedo

Quando tudo findar no provável enredo

Outro sol brilhará da temível disputa.

Quando o canto cessar numa prece sincera

E se o pranto rolar na falência dos laços

Sinta o tempo fugir desfazendo esta era;

Quando a espera fluir no revés destes passos

O destino voraz rosnará besta fera;

Nenhum deus salvará nosso homem de aço!