VENTOS UIVANTES

VENTOS UIVANTES

Da janelinha da tua alma – exuberante,

A pulcra mãozinha – teus inefáveis dedos,

Me acenavam prometendo doces enredos

Do amor vivido em múltiplas vidas distantes.

Procurei inutilmente os físicos segredos

Seguindo a trilha aberta por ventos aivantes;

no sul fiz uso de diáfanos berrantes

no afã de sanar mal com raízes no medo.

As cordas vocais d’alma chamaram teu nome,

Nas no vácuo do tempo é súplica que some

Por ralos do tempo do amor, que a idade esfria.

Pranteia cristais a vã mente terena

O gozo dos corpos, ventura suprema

Quando a alma ignota pede essa doce alquimia.

Afonso Martini

230411

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 23/04/2011
Código do texto: T2925746
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.