Por onde as horas são em desvario - XXII

Por onde as horas são em desvario

Caprichos de uma estirpe dos sentidos

No espelho tremulante do arrepio

Em tesouro lacrado refletidos

E tudo vira imagem da arrelia

Que súbito prazer paixão povoa

Dilatando-se a prenhe alegoria

Tarado frenesi da concha ecoa

Prenda da grande ânsia genial

Represada na gaze do mais lindo

Rito da sensação universal

Fonte escorrendo néctar de um mistério

Onde as mucosas cheias vão florindo

Há um mar de essências puras, grande império

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 29/04/2011
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2938897
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