CAVERNOSO

CAVERNOSO

Quando a apatia desnuda seus malfazejos

no ostracismo fica a vontade de viver

introspecto medita o silente querer

pois nada acontece mais conforme os desejos.

se em altos e baixos não faz por merecer

Imputa-se a mente o não uso dos ensejos.

Jogou-se ao alto os belos anos dos verdejos

Que ao laivo negro fez a alma se recolher.

Trôpega, alma inda em ledos luares se engraça,

Não se apercebe dessa lúgubre desgraça

Por isso protesta com tanta veemência.

Pune-a exacerbadamente a vil melancolia

e a cadeira cativa da dicotomia

da solidão fere fundo sua existência.

Afonso MartinI

010511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 01/05/2011
Reeditado em 02/05/2011
Código do texto: T2942149
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.