Ângelus

Já das seis horas, pontualmente os sinos

Elevam-se dos altos campanários,

Trazendo réquiens sacros e diários,

Distantemente a ecoarem, tão mofinos...

E oscilam os badalos solitários,

Éreos, articulados e lustrinos!

Ah! Como choram todos esses sinos,

Esses mementos, trenos centenários...

Dobram-se melancólicos, vibrantes,

Tangendo os bronzes, duros, rutilantes,

A tilintarem nítidos, divinos!...

E nessa badalada triste e calma

Pareço sentir dentro da minh'alma,

O prantear de todos esses sinos!

25 de Abril de 2011

* Versos decassílabos.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 01/05/2011
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T2942384
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