O Dono

Vós bem sabeis que hoje estou mui feliz,

Dou risadas, brinco, corro e canto.

E falo o que penso, da vida um espanto.

Se me engano, relevo o que hoje eu quis.

Na praça ao sol, se molhando ao chafariz.

Obedeço-lhe, sou mero e quero dar-lhe este manto.

Para enxugares teu corpo, sem temor sem pranto.

Do pranto só espero ser o dono do teu nariz

Fogem-me as palavras ao respirar seu perfume,

Que me rompe em um profundo suspiro.

Seus olhos prudentes, um desejo vigoroso.

Ser seu dono, por só, minha vida se resume.

Compartilhando sufocado esse ar que respiro

Aspirando a delicadeza de um dominado amoroso.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 06/05/2011
Código do texto: T2952522
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