Dois vultos
Quem algum dia essa morada olhasse,
dois vultos via num festivo amor
entre a varanda e um horto encantador...
Um era eu. O outro... um anjo de alva face!
Aí é o ambiente humilde e acolhedor
do colibri e o cravo em doce enlace.
No qual deixei que na alma se abrigasse
aquela a que entreguei meu peito em flor.
E onde, uma noite, em triste desconforto,
sobre um esquife de ébano e frialdade,
chorando depus meu coração já morto.
E desse amor ficou de eternidade
esses dois vultos da varanda ao horto...
Um sou eu. O outro... o espectro da saudade!