O Brilho da Safira

Se o ódio afincado manifesta e perturba, fluindo ausente,

A alma se abate, mas reage quando vê o brilho da safira.

Nada simples essa variedade de coríndon azul transparente,

Que transmite poder e ao mesmo tempo conduz a ira.

Excede um resto excêntrico, sem cautela e tão esmerado,

És bela, zelava numa cela instituída pela minha cisma.

E ao despertar mais voraz numa aflição quase consternado,

Fazendo de mais um dia, um dia cheio de carisma.

Onde está a pedra preciosa que encena ao meu favor?

Pode ser um grande amor ou um sentimento de comoção.

Desusada e formosa, até se findar não vou me expor,

Já me basta esse pesar com a coragem que tenho no coração

Pretendia almejar, na essência de uma alvorada,

Mas não consegui conquistar na carência a minha amada.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 13/05/2011
Código do texto: T2967658
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