MONÓLOGO
Este corredor turvo, turbulento.
Um labirinto vago e inerte
É seu sonho, espelho utópico,
E sua vida, vaga e inerte
Um eco anônimo reflete obsceno.
Ascultam-lhe as paredes frias.
Os sentimentos naúfragos da orgia
Criticam-lhe o estado: parado e frio
Remotas lembranças, futuro vazio
Ao sentir tenebroso arrepio.
Quão doce projeto ostenta-se-ia:
Converter-se à crença agora sem brio,
Incinerar a capa opaca de anil
Ou suicidio, antes que arrependa-se-ia
de novo]