Sábados
Sábados
Pegue um pouco desse sol de fim de tarde,
Pegue o sentido desses gestos da criança,
Pegue a marola desse mar que beija a praia,
E a paciência dessa mãe que não se cansa.
Pegue esse vento que se venta nas folhagens,
E esse luar que nos penetra nas janelas,
Pegue esse olhar de malícia das donzelas,
E a ansiedade no esperar de mil viagens.
Pegue a saudade que transborda nas partidas,
E que acorrenta nossa vida em outra vida,
E deixe tudo descansar, depois esquece.
Se derrepente um turbilhão mexer com a gente,
Comece tudo novamente e novamente,
E só depois de novamente então comece.