Olhares
Olhares
Ei! Pelo olhar que se revela a chama.
Nada a esconder se a alma não é pequena.
Belo sorriso de mulher serena,
Eis o recado da mulher que inflama.
Inflama e se aquieta, pois que fica
Quietinha como fogo de mansinho.
E pensa: - Quanta coisa se me explica,
Os segredos do olhar desse adivinho!
Assim foi-se a conversa neste instante,
Um olhar, um sorriso penetrante,
Ela, mulher, percebendo essa verdade.
Que chama há de chamar-se de constante?
Que escuro a demonstrar o tenebrante!
Que luz há de acender a claridade?