Fazem brilhar as águas deste rio

Fazem brilhar as águas deste rio,

que as do céu e d’Universo se formara;

o campo florescido qu’encantara

agora tornou-se o frio, e vazio.

Senti o Verão, senti o forçad’Estio,

que umas cousas por outras se trocara;

as lufadas lembranças que marcara

da vida foram ao mundo, ou ao sombrio.

Faz o temp’o seu mudo, já sabido;

à vida, mais confus’agora, insulsa

é mistério de um nó purificado.

Paixão, momentos, e amor e partido

fazem com que nos lembre à vid’aguça

que tínhamos com tal viver sagrado.

Aprendiz
Enviado por Aprendiz em 23/11/2006
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