CONTEMPLANDO AS ESTRELAS
* * *
Deitado no chão rude, olhei o céu,
Na noite escura e mágica. Em viagem
Vertiginosa, coloquei o meu
Espírito ao dispor daquela imagem.
São tantas as estrelas como os grãos
De areia do planeta. Muito mais
Que os desejos que escapam entre as mãos –
E é por eles que crescem densos ais.
É tanta a luz que existe – e não vemos;
Tão grandiosa a vida – e não sentimos…
Em quantas ambições fúteis perdemos,
Fugaz tempo que nunca possuímos.
Nesta viagem cósmica às estrelas,
Dos sentidos, os olhos são janelas.
30.05.2011, Henricabilio
(inspirado numa prosa poética inédita de 07.07.2005)