Duras Penas!


Ó que triste presenciar tua crueza nas noites impuras, sem beleza!
Tua boca a cospir fogo cerrado de duras penas, a transplantar,
Na alcova nupcial de incertezas, juras secretas, vaga tristeza!
Onde costumizado encontro-me no claustro fatídico, a pernoitar!

Ó que noite cruel insana de amarguras e clamores,
Onde corpos de deitam em enclausuras eternas de âncias,
Rastros e corpos se beijam em lembranças fugidias e tardias,
No prelúdio proscrito de invólucros que se transformam em dores!

Ó que holoucasto em febre de corpos intrépidos, a ermo,
Indevassável se erguem a perescrutar dores em si mesmos,
Aprisionando-me em suplícios d'alma sem desvelos!

Ó que suplício de sensações ígnotas, vividas, a termo,
Vibrando-me em segredos do passado e injúrias, a esmo,
Enclausurando-me teias intransponíveis em degredos!


Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 31/05/2011
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T3004908
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