Soneto ispirado em um homem solitário...

Um lobo que nasce e cresce sozinho,

Neste caso, sozinho há de viver

E ter de percorrer um só caminho

Longo, triste, perigoso; morrer.

Um lobo velho que não teme a morte,

Pois decerto já encarou igual dor

Jazendo ao portar infeliz má sorte

De perder, não a vida, mas o amor.

Há de enfrentar seu inerte destino

Desesperançado em lacrada cova

Sofrendo do tempo tão dura prova

Ao consumar-se abissal desatino

Sem sequer sinal mínimo de pânico,

Como herói, imponente ser tirânico.

Arconte
Enviado por Arconte em 24/11/2006
Reeditado em 17/08/2007
Código do texto: T300507