A verdade do espelho

Adagas viscerais, cheiro teu absinto

O mau que vem matando, bem sinto

Pedaços de tripas e coração, partido

Não ouves mais meu tolo frio gemido

Não importa, nem se importa, finto

Gingo em uma roda que desminto

Ainda ouves rumores? Sou destemido

As cartas se calaram, o tudo perdido

Agora mutado em um nada, um vazio

Gélido, cálido, esquálido, inválido

Um amor aos pedaços, cacos ao rio

Vejo teu riso, me dou por vencido

Congelo o sal dos olhos num cio

Demente me porto, louco, varrido.

Lord Brainron

Tem dias que a única verdade está no espelho, mas o reflexo por vezes quer meu sangue... Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 06/06/2011
Código do texto: T3017122
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