Só tu me salvas!

Busco na multidão um rosto amigo,

Principalmente nos momentos mais difíceis,

Desta vida de cárcere das lamentações se abrigo,

Que sobrevivo sem o apoio emocional de minhas raízes.

Não entendo, então, o porquê da concepção,

Deste fruto que sou eu tão... martirizado,

Pelo simples fato de existir e ter relação,

Que me atrela o nome e me consome o humano.

A alma, digo, encontra-se fraca e assolada,

Pelo terror das induções negativas sem razão,

Que leva este ser a condição triste e imota.

Viver para quê? Só se for para ter descanso,

Nos teus braços, ombros, colo, e beijos!

Já que és quem me entende nas mesuras do ocaso.