Vindo de Dentro

O que me nasce dentro, morre fora...

Embora o beijo doce me pregue amor,

A cor dos olhos de outrora é de agora!

Ancora a calma branda do alvor...

O que me morre fora, nasce dentro,

Por mil portentos a boca fala,

A boca ama o gosto do coentro,

É de vento, em vento que o amor oscila...

Quantas filhas, quantas cismas,

Quantas e quantas vezes eu chorei

Atravessado com as almas juntas?

Untadas lágrimas de sabor sereno,

Brotos de frutos do grande rei...

Profetizarei: o amor não será acetileno!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 09/06/2011
Reeditado em 10/06/2011
Código do texto: T3023887
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