Cinquenta e três

Estamos ainda na noite,

Da brisa solene que fala,

Que sós nós estamos, resvala,

Deitando seu vento de açoite.

Que brisa suave, que noite!

Oh, noite clichê, nos embala!

E faz-nos sorrir e nos cala!

És brisa do eterno pernoite!

É um vento embebido de amor,

Um límpido ar de primor,

Nos sopra e nos faz cintilantes.

Que dure pra sempre esta lua,

Que seja só minha esta tua...

Gentil afeição inflamante.