Lamaçal d'alma...



Diante da dor nos eflúvios escondidos d’alma inscritos,
Como um bordão no céu de cores solúveis e sossegadas,
Perco-me em castelos escuros, fantasmagóricos ironizadas,
Incorruptíveis que me aprisionam em labirintos - circunscritos.

Reverberando sensações que não cessam e se deitam inversas,
Sons que tiritam um ruir de sombras e sussurros abafados,
Na manhã que atravessa sombria e cria rumores aguçados,
Ensurdecendo m’alma em completo desespero em terças.

Diante da dor que me consome em sonatas fúnebres, urdidas,
Em descompasso estremeço, no ritual que insinua desaguar insano,
Permaneço atônito nas teias enclausuradas que me reprimem!

Destroçado agora, passo incontido em trincheiras reviradas,
Revolvendo o lamaçal das entranhas da terra que aprisiono,
Num recomeço dos sonhos ais que me envolvem e me redimem!


Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/06/2011
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T3035825
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