Soneto Maldito II

É o inferno toda a imaginação

E a verdade é simples e pura!

Os demônios sofrem de solidão,

E perdidos, se enchem de loucura.

Aí o negro céu da mentira fura...

E se desfaz na tempestade o enredo

Que no tempo o sonho era o segredo

Pra encontrar no fundo a própria cura.

Que diabos a mentira esconde?

E a maldade termina onde?

No infinito da indagação?

Malditos, perdidos pela usura,

Jamais terão a candura

De ter puro o próprio coração.

Washington Machado
Enviado por Washington Machado em 15/06/2011
Código do texto: T3036257
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