Como quando do céu mais tormentoso

Como quando do céu mais tormentoso

o pássaro, lasso ora maltratado,

d’úa rija lufad’em salvo alado,

só procura um abrigo, paz e gozo,

e jura que, qual um esperançoso

e fulgurante sol é despertado,

nunca desistir vai, mas cai, prostrado

pelo muito ventar dificultoso,

dessa forma, Senhora, eu, que do canto

de voss’olhar fugia, pra deixar-te,

temendo não mais em outra conter-me,

em minh’alma, que sente voss’encanto,

dou-m’a paixão de ver-vos, pra chamar-te

em tal Zéfiro que à pude esquecer-me.

Aprendiz
Enviado por Aprendiz em 28/11/2006
Código do texto: T304178