Mulher fatal

Hoje a falsidade antecipa-me

Crer na prostituta flutuante

Quero a morte sem compromisso

Para que tudo morra num instante

Vivemos de encontros

Confrontos contrastantes

Na base insólita de conquistas

Imaginárias constantes

Desfecho universal

A vida nos dias e nas noites

Nas atitudes as concepções

Da sinceridade da mulher fatal

O homem gira na mão da fêmea

A lâmpada escurece

E o homem tem medo

Da solidão de si e desvanece

A poesia é vida e enobrece

Mas sua vida é rima

E só se torna poética quando fenece

Na boca um beijo a sorrir

O tempo não passaria sem mim

Sem me deixar despedir.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 24/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T3053996