A Tâmara

Me coloco na calma d'uma pétala,

Como quem fosse menino novo...

Amo-te na noite que cai e cala,

Como quem recita sereno no povo!

Folheio as folhas d'uma tamareira,

Busco uma tâmara de gosto bom...

Deitarei no branco seio da areia,

Saborearei a fruta tendo do mar o som!

Tamanho gosto que me prende a ti,

Tamanho jardim que se abriu em mim!

Diz minha amada: "Isto não tem fim!"

Eu digo: Gosto d'alma qu'eu parti...

Gosto de pele alva, pra ti não vou mentir,

Pois tu, eu amo! A tentação, vou abolir!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 07/07/2011
Reeditado em 07/07/2011
Código do texto: T3081969
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