Triste Inferno
Malditos sentimentos lacrimais,
Corrompendo a matéria destroçada
Em um sopro sombrio que sepultais
A minha alma, infame e derrotada.
No Inferno, clamando atos maternais,
Vejo uma imagem acinzentada
Que, ao passar lindos cabelos, deixais
A morte ausente em meu peito cravada.
Simplesmente corri desesperado,
Agarrando encantos nos jardins
Cultivados por desonrosos anjos
Sonhadores querendo o inalterado!
Borboleta, já soltei os meus marfins...
Mas só me encontro em desarranjos.